14 agosto, 2009

Na madrugada de 09 para 10 de Novembro do ano passado, eu conheci o Ma. Depois de algumas tentivas frustradas de uma amiga em comum tentar nos apresentar, acidentalmente nos conhecemos pessoalmente naquele Domingo na Loca.

Engraçado que, na véspera, eu tinha ido ao show da Kylie Minogue e lá encontrei o Rafa - aquele confuso, que foi morar em NY e tinha voltado há pouco tempo. Já haviamos ficado umas duas vezes desde que ele tinha voltado. E no Domingo a tarde ele me ligou, para combinarmos um cinema mas não deu certo e ficamos de nos falar na semana. Nunca ligou (ou até ligou, em Julho deste ano).
Naquele mesmo Domingo, o Matheus, um cara que eu conheci em Setembro logo que voltei férias, e saímos algumas vezes, também me ligou pq eu havia sumido. Nós nos ocnehcemos, ficamos duas semanas saindo e ele foi viajar para chicago, passou um mês lá, e quando voltou, eu não estava na vibe. Acontece.

O que eu quero dizer é que num mesmo dia eu pude escolher entre 3 caminhos. O advogado que foi morar em NY, por quem eu fui aficcionado; o Matheus, lindo de morrer e um fofo, e pelo Ma, que eu havia acabado de conhecer.
Acabei optando pelo Ma... bonito, puta vozeirão, filho de espanhóis, doce, queridíssimo pelos amigos. Um tanto quanto perdido e avoado para um cara de 31, devo admitir, mas era fofo. Eu gostava!

Saímos algumas vezes, e nos perdíamos conversando por horas a fio... de passar 6hs no Spot, e sair pq ele tinha que fechar. Umas duas semanas depois de termos nos conhecido, fomos jantar e, quando terminou o jantar, ficou aquele silêncio. Era claro o que os dois tinham em mente (eu, pelo menos, escolhi a dedo a cueca antes de sair de casa, e só jantei salada para não ter nenhum risco de indigestão) mas nenhum tinha uclhão pra falar. Até que uma hora ele perguntou o que eu queria fazer siando de lá, e eu respondi 'não sei vc, mas eu estou louco pra dormir com vc'. Desconcertei o cara, mas chegamos onde queríamos; e foi fantástico.

Os dias foram passando e era cada vez mais gostoso se ver, conversar, passar as noites nos hotéis dos Jardins (sim, moramos ambos com os pais), acordar tarde e dia seguinte tomar café da manhã na padaria. Foi uma rotina gostosa, mas breve.

Quase um mês depois foi aniversário do Mau, e eu sofrendo por antecipação pq estávamos juntos e ele ia conhecer boa parte dos meus amigos. E convenhamos, é uma situação embaraçosa sim, conhecer uns vinte amigos do cara com quem vc está saindo de uma só vez... e ele se saiu tão bem, que eu podia jurar que o aniversário era meu! Eu estava tão radiante que não aguentei esperar completar um mês que estávamos juntos e quis oficializar, e pedi ele em namoro. Ele, bonitinho, perguntou para uma amiga que estava do lado que hs eram...! :)

Vieram os eventos de fim de ano no hotel, e era difícil conciliar as agendas, mas sempre dávamos um jeito. Veio o Natal, e aquela dúvida do que dar de presente.
Veio o Reveillon e os pais dele viajaram, e nós passamos juntos, com um casal de amigas na casa dele. Foi fantástico! Eu não queria estar com mais ninguém, em nenhum outro lugar.
Tive meus minutos sozinho e fiz meu balanço geral de 2008, que foi um ano que marcou mais do que qualquer outro, mas depois foi uma delícia!

Algumas semanas depois nós já nos conhecíamos um pouco melhor, e ele tinha umas coisinhas que me incomodavam um pouco, e vice versa - lógico! Mas sempre conversávamos, cada um expunha o que pensava e tentávamos achar um meio termo. Pro meu primeiro namoro, eu me achava bem adulto nessas horas.

Mas teve um momento, que eu ainda não sei dizer exato qual foi, que as coisas começaram a mudar. Comecei a estar sempre sozinho em alguns compromissos sociais, e a maioria das vezes não era pq não podia, era pq eu simplemsente não conseguia contato. As ligações não eram atendidas, e não havia retorno - se havia, era no dia seguinte.
Era cada vez mais difícil ficarmos juntos, só os dois. Geralmente era em rodas de amigos, e quando conseguíamos ficar juntos, sempre tinha um problema de agenda, um compromisso, um cansaço. Algumas vezes faltava assunto.

E o movimento era sempre meu. O que era normal em qualquer namoro, no nosso não existia mas não era de comum acordo.
Achei, realmente, que fosse uma fase. Que eu não devia largar, que ia passar, que eu aguentava. E eu estiquei e levei até onde eu pude.

Há mais de um mês eu descobri que não aguentava mais. Há 10 dias, eu decidi que não queria mais.
Eu estava mais triste do que feliz. Mais sozinho do que acompanhado. Mais na mão do que saciado - sexualmente, e literalmente falando - o que é pior!

De lá para cá, é uma montanha russa de sensações.
Num primeiro momento vem um alívio, que parece até injusto de tão bom. Foi a decisão mais madura, pesando razão e sentimento tão ponderadamente, que eu tinha tomado até então. Justo eu, canceriano sentimental e marrento!

No final de semana eu me vi sozinho - exatamente como tinham sido os últimos finais de semana, pq ele nunca estava lá - e bateu uma incerteza. Não que ele, naquele momento, estaria ao meu lado... mas, quem sabe, poderia estar.
E você pensa se agiu certo, se foi o melhor caminho a ser seguido. Será que era isso mesmo? Foi o melhor a ter feito? Será que eu deixei de pesar alguma coisa? Mas eu pensei tanto... foram tantas noites sozinho tomando café e fumando.

De repente, vcs não se falam mais todo dia. Vc, que por 9 meses acompanhou toda a rotina, de repente não sabe mais como está, como andam as coisas. O trabalho, as obras, os projetos, a família. O cachorro.
De repente, vc faz seus programas sem consultar quem vc sempre ocnsultou nos ultimos meses - mesmo que ele não estivesse presente.
Tem sido assim. Vez ou outra dá um apertinho, uma saudade... mas dos momentos bacanas que ficaram lá, em Abril, Maio, e que depois não existiram mais. O que existiu depois foi uma esperança de que era um momento difícil que ia passar. E a sensação agora é de que eu fechei a porta até para essa esperança, não tenho mais nada em que me agarrar.


Eu ainda espero uma ligação, confesso. Também pq a redenção é linda e faz parte do meu ideal romântico, ouvir um 'volta pra mim, eu percebi o que eu perdi' me ganharia num estalar de dedos - pq eu terminei gostando. Ainda gosto.
Mas mais do que isso, dói pra caralho saber que, após ter colocado tudo na mesa, não houve um movimento do outro lado que fosse contra o que eu sentia. Eu ouvi um pedido de desculpas e um aceno com a cabeça dizendo que sim, eu tinha razão, se nós tentassemos acertar os ponteiros ia desgastar a relação, portanto era o melhor a fazer.

O que eu mais queria ouvir era que eu estava errado, eu queria ser contestado, queria ver um sentimento de mudança. Eu queria que alguém mais naquela mesa, além de mim, acreditasse e tivesse culhão para não desistir; queria que alguém, além de mim, achasse que valia a pena.

Mas ele não conseguia. Não podia, ou não queria. E isso faz dez dias.

A montanha russa de emoções continua.
As vezes, eu me sinto tão maduro na decisão que eu tomei, por ter dado um chacoalhão e pensado em mim, feliz por estar seguindo em frente, e por deixá-lo livre também.
As vezes, eu paro e vejo que tem sido mais difícil do que eu pensei. Olho para trás, e balanço, não tenho certeza se, mesmo pesando tudo e sendo o mais fiel que eu pude ao que eu sentia, se eu não devia ter dado mais uma chance sequer.

Ainda não sei onde vai dar isso aqui. O exercício diário tem sido aceitar - sem procurar justificativas, razões, motivos. Sem julgamento, culpa, ou punição ao outro lado.

Apenas aceite, Gui. Deixe o resto com o tempo.
E saiba que não tem nada demais olhar pro telefone esperando ouvir ele tocar aquela música que vc escolheu pq ele gostava.

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