25 agosto, 2007


Ontem fiquei até mais tarde no hotel. Pilhas de coisas pra finalizar, preguiça de ir embora e encarar o trânsito, acabei ficando. Lá pelas 7 e pouco, quando acabei tudo, fui ver meus emaisl e tinha um lá, me convidando pra tal de despedida dele. Cara de pau, pensei.
Saí para comprar cigarro, fui fumar, e quando voltei, uma ligação perdida do dito cujo.

Retornei mais tarde, queria me convidar pessoalmente pra despedida. Então tá. Óbvio que tentei me fazer de ocupado, soltei que tinha um compromisso de trabalho e não sei se conseguiria ir. Domingo à tarde, compromisso de trabalho?! Eu e minha mania de querer parecer algo que não sou... soa tão ridículo, mas eu só me realiza disso depois de ter soltado a frase.

Desliguei com a sensação de que o nó na minha cabeça só havia aumentado. Afinal de contas eu havia ligado 3 dias antes, e quando eu o coloquei contra a parede (mas não foi tão pesado assim, até achei que soou bonitinha a minha frase) ele desconversou dizendo que ligava mais tarde, e até então, nada.
Fiquei praticamente toda a extensão da Av Brasil pensando se eu devia ou não ligar. Porém em seguida me ocorreu que questão não era ligar ou não, e sim, era o que eu esperava ouvir daquela ligação. Pq eu achava que eu precisava de uma direção? Pq sempre o outro lado que tinha que me dar essa direção, me dizer por onde seguir? Pq eu não poderia tomar um rumo sozinho?
Quando dei por mim eu já havia digitado 3 vezes o número 7 no teclado do celular, e segundos depois ele atendeu.

Sabe o que me ocorreu? Acabei de me lembrar que eu te fiz uma pergunta essa semana, e ainda não tive resposta...

Ficou de me ligar mais tarde; dito e feito.
Onze e pouco da noite fui acordado e conversamos por uns 15 minutos. E eu falei tudo o que eu achava pertinente falar. O mais engraçado foi ter ouvido exatamente o que eu imaginava ouvir, mas eu só sesseguei quando aquilo foi dito, sem qualquer firula ou enrolação.
E eu desliguei meu telefone e tive a sensação de alívio. Não sei se por eu ter deixado claro que eu o curtia pra caralho e ele me deixava confuso, ou por ter ouvido as razões dele.

Eu podia simplesmente ter escolhido qualquer um dos motivos que passou pela minha cabeça, me focado nele fingindo que era aquilo e ponto.
Mas nós não somos máquinas. Não é tão simples quanto dar um Ctrl + Alt + Del e finalizar o programa. Você precisa sentir, deixar isso surgir - pq virá quando você menos esperar - e aceitar.

And move on.

23 agosto, 2007

Depois de muito tempo parado, eu resolvi voltar.
Na verdade eu não estava tão parado assim, vez ou outra eu até perdia alguns minutos escrevendo algumas bobagens, mas nada que valesse a pena eu tirar da caixa de rascunhos do Outlook.

Sim, continuo trabalhando no mesmo lugar - só que já fui promovido duas vezes! - e completo 5 anos aqui em Novembro. E nunca fui tão apaixonado pelo que eu faço como hoje.
Sim, continuo sem $$ pois até agora eu não aprendi a administrar meus gastos. continuo não sossegando enquanto não zerar minha conta bancária. Herdei do meu pai esse espírito aventureiro de viver sempre no limite... nesse caso, o LIS, do Itaú.
E sim, continuo aquele moleque que tem o pé no chão mas a cabeça nas estrelas, que vive sonhando, fantasiando e projetando. Que adora um dramalhão mexicano, ainda mais quando ele se vê protagonista de um... e, afinal de contas, não é esse o intuito desse blog?!

E já que tocamos no assunto de dramalhão mexicano, ontem eu fui dar uma volta sozinho depois do almoço, e comecei a analisar o meu cenário atual de relacionamentos.
Eu podia jurar que um certo tipo de gente fosse apenas coisa de livro, ou que só existisse no cinema. Sabe aquele perfil de gente louca, que não sabe o que quer, confusa, some de repente? E de repente aparece, e depois some de novo? E que quando você quer conversar, ela finge de desentendida?
Ou ainda, aquela pessoa que você jurou não querer mais na sua vida - in fact, vc até falou isso pra ela uma vez, num ataque de fúria aí - de repente reaparece e quando você menos espera estão os dois se provocando?

Nunca entendi uma amiga sair com um cara que a tratasse mal, ou que sumisse de repente e ela continuasse encanada nele. "Filhinha, a vida continua! Bola pra frente!" dizia eu, jurando de pé junto que era prático e indolor assim.
Tempos depois estou eu aqui, encanado em alguém que não me procura e não retorna minhas ligações. Que fica comigo num sábado, e quando me vê uma semana depois não é capaz de trocar meia dúzia de palavras. E que dia seguinte me liga pedindo favor. Que cada hora tem uma desculpa e não pode me ver, e que quando eu pressiono diz que me liga mais tarde, e isso faz dois dias.
E pra fechar com chave de ouro, alguém que daqui há exatamente uma semana, vai morar fora do país por 2 anos.

Se fosse qualquer outra pessoa que me contasse essa historinha, eu soltaria logo um "Move on!". Mas nesse caso, não.

I'm stuck.