29 agosto, 2005

O fim de semana foi estranho...
5ª feira fiquei sabendo que depois de quase 6 meses o Lucas viria para cá. Confesso que uma lagriminha escorreu, afinal muita coisa aconteceu nesse meio tempo e finalmente eu teria um final de semana pra sentar e conversar com uma das pessoas que eu mais gosto!

E é lógico que acabei saindo o final de semana inteiro, como eu imaginei que seria. Mas fiquei o tempo todo quieto.
Não consegui tecer um comentário das histórias que cada uma das pessoas que eu vi contava. Não consegui expressar um sorriso, nem me interessar pelas histórias de ninguém. Confesso que tentei, mas me senti extremamente deslocado.

Sábado à noite, quando estávamos só eu e o Lu, achei que conseguiríamos conversar numa boa... ledo engano.
Primeiro que só ele falou o final de semana inteiro, e dessa vez não foi diferente. Ele não foi capaz de perguntar de como estava o hotel, de como estavam meus amigos, as coisas na minha casa, como foi o meu namoro, nada. Quando falava de mim, eram cobranças e criticas, as always.

Ontem passei a tarde inteira com a Mari, fomos almoçar na Vl. Madalena e tomar sorvete na Haagen Dazs. Mais tarde, encontramos com o resto do povo no bar da Dida.
Hoje fiquei sabendo que não fui o único que teve essa impressão, a Mari sentiu a mesma coisa. Pra falar a verdade, isso ficou bem nítido ontem. Não fosse por dois outros amigos, ficaríamos 3hs com cara de samambaias, até mesmo quando o silêncio reinava, algo que aconteceu várias vezes ontem.

Pior foi saber que, nos 5 minutos que fiquei fora da mesa, virei alvo de criticas exatamente por isso.
O pior não é ser alvo de criticas, cobranças, ou coisas do tipo. O pior é ninguém ter o mínimo de sensibilidade de chegar e conversar, perguntar como você está, o que foi que aconteceu.

É engraçado isso! Eu sempre me achei um cara bacana, querido, rodeado de pessoas com quem eu tinha essa cumplicidade, sabe?! E sempre achei que quando eu precisasse, essas pessoas estariam lá, como eu sempre estive à disposição delas. Não deixa de ser uma troca!
E de repente você pára, fica no seu canto observando tudo de longe, e vê como alguns relacionamentos entre pessoas são superficiais. Sim, as pessoas mudam, amadurecem, e às vezes você deixa de ter afinidades com esse ou aquele. Mas não é por isso que se deixa de gostar!

Não sei se mudei demais de uns tempos para cá, não sei se amadureci ou me fechei, ou se é apenas uma fase de cara amarrada. Sei que esse fim de semana me senti totalmente deslocado, e mais uma vez me questionei o quanto vale à pena se doar tanto aos outros.

De tantas certezas que eu tive, a melhor delas é saber que não importa quantos amigos eu tenha, com quem eu me relacione, onde quer que eu esteja ou que rumo minha vida tome... eu terei sempre o colo da Mari pra voltar, pq eu descobri nela o meu porto seguro. E sei que nunca estarei sozinho.

10 agosto, 2005

Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Guerra...