06 dezembro, 2005

Fui gentilmente convidado a sair de férias entre Janeiro e Fevereiro. Tudo o que eu menos queria...
Minhas férias venceram em Novembro e meu plano era sair lá para Abril, Maio. Não estou tão cansado assim para tirar férias, terei uma semana off entre Natal e Reveillon – regalias do depto. de Vendas – e até lá conseguia juntar um pouco mais de $$ para viajar tranqüilo.
Eu até entendo a posição do hotel – não há como justificar 3 pessoas trabalhando num depto. que praticamente não terá eventos durante 2 meses sendo que uma delas está com férias vencidas.
O pior disso tudo é ter que viajar sozinho em alta temporada, além tudo ser praticamente o dobro do preço, eu estarei all by myself...

29 novembro, 2005

Odeio cair em contradição. Odeio.
Sabe quando você está certo e sem esperar, lhe pregam uma peça e você é pego de surpresa? Então, odeio. Pq me faz parecer fraco e eu odeio parecer fraco. E não é pelos outros não, é por mim mesmo.

A pior parte de tudo isso são as lembranças que aparecem quando eu fecho os olhos.
É sentir o amargo, o after taste que ainda resta nos lábios e não foi digerido.
As palavras duras que ainda ecoam aqui dentro, que parecem bater nas paredes da minha cabeça em vão e não conseguem sair. O descaso que emanava daqueles olhos castanhos, que me encarava e me acuava até me derrubar.

É a preocupação constante daqui pra frente de querer me preservar e não conseguir confiar em mais ninguém sem medo de um súbito fim.

03 novembro, 2005

Oh, look at my face
My name is might have been
My name is never was
My name's forgotten...

29 setembro, 2005

Esse mês eu completei 5 anos de hotelaria.
Acho que a melhor forma de comemorar isso foi trabalhar 2 semanas como eu nunca trabalhei nesse tempo todo... 12, 14 horas por dia pra mais, almoçando em 20 minutos, indo pra casa tomar um banho e voltando pro hotel pra ir embora lá pelas 2, 3 da manhã, acompanhando eventos e mais eventos.
Conseqüentemente, nunca me senti tão realizado nesses 5 anos. Os eventos mais bacanas e alguns dos mais trabalhosos acabam caindo na minha mão de propósito, pq o hotel sabe do meu comprometimento e pode contar mais comigo do que com outros; e ouvir isso do chefe é bom demais, não?!
Por outro lado, sabe quando você se torna um alienado? Não me pergunte os filmes em cartaz, as músicas das paradas, muito menos o que aconteceu em América. E tb não me pergunte de política, essa última na verdade pq nunca me agradou...

O mais engraçado foi quando essa semana começou – muito mais tranqüila, por sinal – eu senti uma necessidade enorme de sair, ver gente, conversar com os amigos, desabafar, sabe?! E de olhar nos olhos, de ouvir, tocar... de sentir que não está só.
E esse “estar só” é algo que tem martelado na minha cabeça. De repente, parece que as afinidades que eu tinha com alguns amigos foram desaparecendo, a ponto deu não ter mais vontade alguma de ligar, procurar, saber como está ou ouvir as histórias.
Parece que de repente eu percebi o quão superficiais são as relações ditas “de verdade” ou “pra sempre” o tempo todo. Quanto mais eu ouço ou leio em scraps esse tipo de afirmação, eu me pergunto qual a veracidade disso, e o que isso esconde por trás. Necessidade de aparecer, insegurança, auto afirmação?
Não estou jogando a culpa nos outros, até pq eu várias vezes agi assim. Só que hj é nítido que eu posso contar exatamente com quem eu nunca precisei afirmar ou provar esse tipo de relação; enquanto os outros ditos amigos tem a duração de um happy hour, de uma balada.
Continuo sim gostando deles, mas aprendendo que não devo esperar demais pq a amizade acabará quando cada um for pra casa, tomar conta da sua vida.

De repente eu me vi cercado de gente, e sozinho. E por mais que eu não queira, acabo me questionando se valeu à pena, de uma forma bem abrangente mesmo.
Acho que aos poucos eu tenho aprendido a não esperar demais dos outros; ainda que seja para me preservar de futuras decepções e desencantamentos. É questão de sobrevivência...

05 setembro, 2005

Ontem, depois de quase um mês, eu reencontrei o Mauricio. Na Loca.
Não, não foi mero acaso. Confesso que eu sabia que ele estaria lá e fui lá exatamente com essa intenção. Eu precisava ter certeza de que ele não sentia mais nada por mim, e principalmente de que eu não sentia nada por ele. Sem contar que cedo ou tarde eu acabaria encontrando com ele em algum lugar, ainda temos amigos em comum e apesar do tamanho, SP não é tão grande assim.

Ele foi o primeiro namorado e por conseqüência, o primeiro ex.
E tudo ocorreu naturalmente... modéstia a parte, os dois transbordam simpatia e educação. Conversamos, fofocamos, rimos, dançamos. E em momento algum eu senti qualquer outro sentimento que não ser um grande alívio de que todos os outros sentimentos aqui dentro se transformaram apenas em carinho e gratidão. E desde o começo, era isso o que eu queria. Poder olhar para ele e sentir que não resta nenhum outro sentimento além de um enorme carinho e gratidão por ter sido uma pessoa que foi importante num período da minha vida. Se o Luciano Huck consegue, pq eu não conseguiria?!

Depois de sair da Loca eu parei no Fran´s da Sumaré, tomei um café e fumei um cigarro. E lá sentado, olhando o movimento dessa cidade que não pára nunca e olhando as pessoas, eu vi que eu não era o único. Que todos lá, se ainda não passaram, um dia passarão por um rompimento igual, mais ou menos doloroso que seja, e terão que superar isso.
Mais do que isso, eu percebi que havia colocado um ponto final em tudo isso, e estava pronto pra me apaixonar novamente. Que venha então mais um novo amor, pq a minha estória está apenas começando.

29 agosto, 2005

O fim de semana foi estranho...
5ª feira fiquei sabendo que depois de quase 6 meses o Lucas viria para cá. Confesso que uma lagriminha escorreu, afinal muita coisa aconteceu nesse meio tempo e finalmente eu teria um final de semana pra sentar e conversar com uma das pessoas que eu mais gosto!

E é lógico que acabei saindo o final de semana inteiro, como eu imaginei que seria. Mas fiquei o tempo todo quieto.
Não consegui tecer um comentário das histórias que cada uma das pessoas que eu vi contava. Não consegui expressar um sorriso, nem me interessar pelas histórias de ninguém. Confesso que tentei, mas me senti extremamente deslocado.

Sábado à noite, quando estávamos só eu e o Lu, achei que conseguiríamos conversar numa boa... ledo engano.
Primeiro que só ele falou o final de semana inteiro, e dessa vez não foi diferente. Ele não foi capaz de perguntar de como estava o hotel, de como estavam meus amigos, as coisas na minha casa, como foi o meu namoro, nada. Quando falava de mim, eram cobranças e criticas, as always.

Ontem passei a tarde inteira com a Mari, fomos almoçar na Vl. Madalena e tomar sorvete na Haagen Dazs. Mais tarde, encontramos com o resto do povo no bar da Dida.
Hoje fiquei sabendo que não fui o único que teve essa impressão, a Mari sentiu a mesma coisa. Pra falar a verdade, isso ficou bem nítido ontem. Não fosse por dois outros amigos, ficaríamos 3hs com cara de samambaias, até mesmo quando o silêncio reinava, algo que aconteceu várias vezes ontem.

Pior foi saber que, nos 5 minutos que fiquei fora da mesa, virei alvo de criticas exatamente por isso.
O pior não é ser alvo de criticas, cobranças, ou coisas do tipo. O pior é ninguém ter o mínimo de sensibilidade de chegar e conversar, perguntar como você está, o que foi que aconteceu.

É engraçado isso! Eu sempre me achei um cara bacana, querido, rodeado de pessoas com quem eu tinha essa cumplicidade, sabe?! E sempre achei que quando eu precisasse, essas pessoas estariam lá, como eu sempre estive à disposição delas. Não deixa de ser uma troca!
E de repente você pára, fica no seu canto observando tudo de longe, e vê como alguns relacionamentos entre pessoas são superficiais. Sim, as pessoas mudam, amadurecem, e às vezes você deixa de ter afinidades com esse ou aquele. Mas não é por isso que se deixa de gostar!

Não sei se mudei demais de uns tempos para cá, não sei se amadureci ou me fechei, ou se é apenas uma fase de cara amarrada. Sei que esse fim de semana me senti totalmente deslocado, e mais uma vez me questionei o quanto vale à pena se doar tanto aos outros.

De tantas certezas que eu tive, a melhor delas é saber que não importa quantos amigos eu tenha, com quem eu me relacione, onde quer que eu esteja ou que rumo minha vida tome... eu terei sempre o colo da Mari pra voltar, pq eu descobri nela o meu porto seguro. E sei que nunca estarei sozinho.

10 agosto, 2005

Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Guerra...