É incrível como o assunto "vida afetiva" tem dado pano para a manga essa semana, impressionante! Ontem à noite eu estava conversando com a Penélope, estagiária da Recepção.
Ela estava falando do namorado dela, que ela não aguenta mais. Ele foi o primeiro namorado dela, a única pessoa com quem ela passou um período de tempo razoável (1 ano e meio) , a única pessoa com quem ela transou, a única pessoa com quem ela se relacionou à fundo. E é exatamente esse o problema na visão dela.
Nunca tantas pessoas estiveram afim dela. Recentemente, tem uns 3 "correndo" atrás dela. São três caras que ela gosta muito, três caras que estão caidaços por ela, três caras que fazem ela pensar.. A grande dúvida dela é essa, como deve ser o relacionamento com outra pessoa ?
Eu achei tão estranho esse conceito dela. Para mim, amar é isso. É saber que você tem a chance de poder ser feliz em outro relacionamento, mas não arriscar isso! É você continuar ao lado daquela pessoa que tem um carinho enorme por você, mesmo sabendo que você pode dar certo com outra pessoa.
Mas é uma dúvida que realmente tem fundamento... Como é você sentir o toque de outro corpo no seu ? Como é ter sensações diferentes das que você já sentiu ? Como deve ser ter uma rotina diferente, ter outros assuntos, frequentar outros lugares, conhecer e aprender coisas novas ?
Aí eu parei para pensar um pouco, me coloquei na situação dela. Será que vale à pena você deixar uma história de lado, algo que você construiu com uma pessoa, só pela curiosidade de saber como é ? E se você ficar com essa pessoa até o fim da sua vida ? Será que você viveu intensamente ? Viveu sem ter provado de outras frutas, outros sabores, outros sentimentos... É como você viver a sua vida inteira comendo no mesmo restaurante, o mesmo prato. Usando o mesmo perfume, vestindo o mesmo terno, viajando para a mesma cidade. Será que ao fechar os seus olhinhos no final da sua vida, não bateria uma pontinha de arrependimento quando você pensasse "como teria sido se eu..." ?
É o que uma pessoa que eu gosto muito me disse, eu tenho é que viver a minha vida. E eu tenho que me dar essa chance! E não me amarrar à alguém só com 19 anos já na intenção de ficarmos juntos o resto da vida. Tudo isso é muito bonitinho, muito romântiquinho, mas não é assim que as coisas funcionam não. Principalmente para um fedelho como eu que ainda tem a vida inteira pela frente...
E é realmente aquilo, a gente vai beijando os sapos até chegar naquele que se transforme no príncipe que a gente sempre sonhou. Antes que alguém me critique, eu não estou inicando uma nova fase na minha vida onde a palavra chave é galinhar, mesmo porque quem me conhece sabe que eu não sou assim.
Eu só quero - e tenho - que me dar essa chance de viver de uma forma um pouquinho mais intensa a minha vida. E não me preocupar em ser precoce e pular fases da vida pelas quais todos passam. Parar de me lamentar de nunca encontrar a pessoa certa, se afinal de contas, eu nem dou chance para as erradas se aproximartem de mim.
É, acho que estou começando à entender como as coisas funcionam...
10 abril, 2002
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