25 julho, 2003

Faltam cinco minutos pro meio dia.
Listening to Moloko - Do you like my tight sweater?!

Tem dias em que esse hotel me enche o saco. Não sei se é o fato dele ser todo moderninho e todo hype, que todo mundo aqui pode fazer o que quiser.
Tem horas em que vira tudo uma bagunça. Ontem eu estava assim, desesperado.
Fechando um evento pra mil pessoas em agosto, no mesmo esquema da festa do Trident White. Passei o dia inteiro em função disso, desde as 8 da manhã.
As 8 da noite, eu tinha que refazer o contrato desse evento (pq uma demente aqui vendou o espaço inteiro pra eles por um valor ridículo), fazer dois orçamentos de clientes que estavam gritando comigo ao telefone, fazer outro orçamento pra uma festa na presidencial do lançamento de uma revista estilo a Wallpaper, e mais um pra Schincariol, que inventou de fechar o hotel pra dar um ar mais hype pra marca.
Fora isso, um relatório diário de eventos, e rever um contrato feito por uma coordenadora que está na área há + de 10 anos, e que pede prum fedelho de 21 revisar suas coisas... inclusive os erros de português.
Tinha tudo pra dar errado, tudo mesmo.
E eu no maior desespero acabei pegando o Emmanuel pra Cristo e desabafei.
"Gui, calma aí que eu isso e isso aqui eu resolvo... ligo pra eles, faço uma média e em 15 minutos eu faço um cardápio legal pra essa festa!"
Algumas coisas eu ainda estava em dúvida, então voltei pra falar com o Rodrigo, o chefe. E ele, com a maior paciência do mundo, me explicou tudo.
O Benjamin, mesmo após eu ter soltado um "Você morreu pra mim!" só por ele ter cortado o cabelo - lógico, aquilo era o charme dele - também vem com a maior calma do mundo conversar comigo, me dá uma puta ajuda e fala preu não ligar pra esse tipo de coisa, até pq eu dou conta disso.

Tinha tudo pra dar errado. Mas acabou dando certo.
Final do dia eu estava super feliz em ver a preocupação - aliado ao profissionalismo - das pessoas que trabalham comigo.
Poder fechar os olhos e confiar em alguém, como eu fiz ontem, é raro. Eu me senti bem, me senti seguro... por mais que as coisas estejam de mal à pior, tem sempre alguém disposto à te ajudar. Pessoas que talvez por terem cargos de chefia. salários altos e uma coleção de fotos na Caras, parecem inacessíveis. Ledo engano.
Mais do que seguro, me senti querido por saber que essa preocupação não é com o Guilherme Oliveira, de Vendas e Eventos. E sim com o Gui, o moleque de todo dia.

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